Os primeiros dias de treinamento do Houston Rockets foram marcados por revelações do esquema tático e algumas mudanças visíveis e outras nem tanto. Na primeira edição do Foguetinhos de 2016/17, vamos tratar da melhora do Beverley nos arremessos, na rotação curta de Mike D'Antoni, da derrota do Bullard nos três pontos e na versatilidade de Sam Dekker.
Beverley quer 45% de aproveitamento nas bolas de três pontos
Com a confirmação por parte do
técnico Mike D’Antoni de que James Harden deve ser o armador da equipe, Patrick
Beverley terá que melhorar suas potencialidades para continuar no time titular.
Por isso, além da defesa, as bolas de três pontos serão suas armas.
E Beverley afirma que o objetivo
é conseguir 45% de aproveitamento bem como competir no All Star Weekend tanto
no desafio de habilidades como na competição de três pontos.
“Eu não tenho que me ajustar no
ataque. Eu fico atrás e pego todos arremessos. Isso tira um pouco da pressão
sobre mim. Quando James for substituído ou estiver candado, eu levarei a bola.
Mas ele está iniciando o ataque. Ele é um grande armador. O time inteiro confia
nas suas habilidades. É dever de todos acertar os arremessos”, afirmou.
O armador deixou claro que tem
treinado bastante para melhorar seu arremesso ainda mais. “Eu trabalho nisso
todo verão e continuo trabalhando. Estou melhorando bastante. Estou feliz de
poder mostrar essa melhora na temporada. Meu objetivo é 45”, encerrou.
D’Antoni vai experimentar rotações na pré-temporada
O técnico do Rockets, Mike D’Antoni,
afirmou que irá experimentar a rotação nos cinco primeiros jogos da
pré-temporada, antes de tratar os dois últimos jogos como uma “prova de vestido”.
Houston abre a pré-temporada domingo (2) no Toyota Center contra o Shanghai
Sharks e enfrenta o New York Knicks na terça-feira (4) em casa antes de viajar
para a China.
Mesmo sendo cedo para saber o
número de jogadores que entrarão na rotação, ainda mais que o ala-pivô Donatas
Motiejunas segue sem assinar, D’Antoni riu ao ser lembrado das críticas
anteriores por usar poucos jogadores nas partidas com seus times anteriores. Apesar
da tradição, isso não quer dizer que os titulares terão minutos pesados como
ocorreu com Harden e Trevor Ariza nos últimos anos.
“Tradicionalmente, eu venho sendo
criticado porque eu uso sete ou oito jogadores. Eu gosto disso. Eu penso que o
meu sexto, sétimo e oitavo jogadores tem bons minuto, e que eles se sentem
confortáveis com isso. Você está pedindo para alguém como Eric Gordon para vir
do banco, eu tenho que fazer com que ele tenha minutos de titular. Assim como
Nenê or Clint (Capela). O mesmo acontece com D-Mo, se ele ficar”, afirmou.
D’Antoni ainda completa o seu
raciocínio: “Então, se você coloca reservas com minutos de titulares e titulares
com minutos de titulares, você não tem mais muitos minutos”.
Além de Gordon, Nenê (ou Capela)
e Motiejunas, é esperado que um ala seja o nono homem na rotação. A briga deve
ficar entre Corey Brewer, Sam Dekker e KJ McDaniels. No caso de D’Antoni optar
por um décimo nome, deve ser um armador reserva.
Wiltjer vence tradicional disputa de três pontos
Pela primeira vez nos últimos 14
anos, o analista da TV do Rockets e ex-ala pivô da equipe, Matt Bullard foi
derrotado na disputa de três pontos no primeiro dia de treinos de Houston.
A disputa foi entre Bullard, Kyle
Wiltjer, Ryan Anderson e Sam Dekker. Os três últimos acertaram quatro de seus
cinco arremessos enquanto o ex-jogador acertou apenas três. Na prorrogação,
Wiltjer venceu seus adversários e foi elogiado.
“O garoto pode realmente
arremessar a bola. Ele acende. Ele não erra e então eu perdi”, revelou
Anderson, após a disputa.
Dekker pode atuar como ala-pivô
Sam Dekker vem trabalhando em
quase todas as posições laterais, mas o técnico do Rockets, Mike D’Antonio não
descarta testar o jogador como ala-pivô.
“Ele é 6-9. As pessoas podem
dizer: ‘Ele não é um 4’. Mas essa pode ser a melhor posição para ele. Nós não
sabemos ainda. Nós vamos tentar todas. Irá ajudar a carreira dele se ele puder
jogar SG, SF e PF. Ryan Anderson é o titular com 6-10. Então se formos altos,
somos uma polegada maior”, afirmou D’Antoni.
“As pessoas podem dizer que
ele é SF porque ele é habilidoso. Ele pode driblar e correr. Se ele puder marcar alguém no garrafão, não há razão para ele não poder jogar de PF e levar
a vantagem de ser um PF habilidoso”, completou.
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